Ruas calcetadas, arquitectura popular, vasos de barro, roupa estendida nas janelas, as vizinhas falando umas com as outras de janela em janela, as sardinheiras, são uma constante nos beirais dando cor ao quadro geral.
Esta é a visão característica de qualquer pessoa, no entanto é estereotipada.
Acontece que nem sempre é assim, nem sempre os moradores cuidam das suas casas e das suas ruas, o trânsito é imenso, o barulho nocturno é ensurdecedor provocado por bebedeiras e música vinda de bares, os marginais vão tomando conta de recantos mais degradados e abandonados, afastando assim as pessoas do seu caminho e passando uma imagem negativa da cidade.
A baixa de uma cidade é a zona onde a tradição deveria reinar, não só pelo seu carisma e pelos seus costumes, mas também pela conservação dos seus edifícios e arranjos exteriores tais como paredes pintadas, fios eléctricos escondidos, canteiros enfeitados com flores coloridas, pavimentos em bom estado e acessível a todos (e quando digo todos, incluo também os cidadãos portadores de deficiência motora, obviamente).
Por motivos económicos e sociais, estes locais tornaram-se em autênticos centros comerciais ao ar livre, o que no meu ver é positivo, pois tem consequências na dinamização do comércio, no convívio das pessoas, na recuperação e restauro de edifícios degradados e provocados pelo efeito do tempo e pelo desinteresse dos proprietários.
Estes são aspectos cada vez mais importantes na vida de uma cidade e que têm aos poucos vindo a sentir-se como uma preocupação.
Nomeadamente em Leiria são vários os interessados na dinamização da baixa: os habitantes, que ainda gostam da sua rua, os comerciantes que sempre se queixam do facto de as grandes superfícies lhes “roubarem” os clientes, e a autarquia que quer ver a sua cidade como destino turístico com um crescente impacto económico.
Mas quanto à necessidade da sua restauração e manutenção, estamos todos de acordo, quanto ao dar o primeiro passo e decidir o que fazer nela para fomentar essa revitalização, é que é mais complicado.
Lembro-me, aquando de um dos meus passeios na Rua Direita da cidade de Leiria, questionei-me do que seria possível fazer nesta rua tão importante para a minha cidade que tanto gosto e tão rica que ela é historicamente “A Rua Direita é torta, o sino está fora da Sé, o rio corre ao contrário e em Leiria tudo assim é!”.
A solução que encontrei e que já por várias vezes me ocorreu, foi a de a proteger e ao mesmo tempo embelezar, inovando em termos decorativos. Uma cobertura que mal se desse por ela, permitindo obviamente a entrada de luz e de ventilação. Parece-me uma ideia muito clara e viável, embora quando transmitida a pessoas amigas e conhecidas, parece muitas vezes ser acolhida como se de uma possibilidade vaga e sonhadora fosse. Provavelmente por eu não ter nenhum poder de decisão na questão e assim a ideia estar condenada à nascença. Não concordo, até porque são as ideias o ponto de partida para o país se desenvolver, basta a pessoa certa ter conhecimento dela e acolhê-la com dedicação.
Questionei-me pela 1ª vez num certo dia chuvoso, porque não havia ninguém na rua, não obstante os comerciantes terem as suas portas abertas e os seus funcionários aguardarem pacientemente à porta pelo seu próximo cliente. Estava a chover….razão mais do que óbvia para qualquer pessoa não pretender andar na rua. Talvez num centro comercial se estivesse melhor…(e lá está....voltamos à velha questão).
Com o tempo dei por mim a pensar como ficaria a Rua Direita com uma cobertura que não só permitisse às pessoas passearem durante todo o ano sem sobressaltos, como também torná-la num objecto arquitectónico único em Portugal e de interesse turístico, tornando esta rua ainda mais apetecível ao comercio e à cidade, protegendo-a das intempéries e dando ânimo aos proprietários para as recuperarem.
É lógico que não é um projecto que se faça da noite para o dia, teria de se fazer um estudo para analisar a viabilidade e impacto, mas nada de extraordinário ao ponto de se desistir da ideia à 1ª dificuldade.
Apesar de tão poucos elogios dirigidos à minha ideia, continuo a pensar que seria um factor determinante no desenvolvimento de bem-estar dos moradores, dos habitantes de Leiria, dos comerciantes e do turismo.
Se por acaso este artigo não suscitar a curiosidade de alguém na autarquia de Leiria, que pelo menos outros sintam a vontade de aproveitá-lo e molda-lo às necessidades das suas cidades, tornando-o útil e valioso.
E como se não chegasse, aqui ter-vos falado nesta ideia, aqui também vos deixo algumas fotografias de vários locais que pesquisei posteriormente na internet e que traduzem e aproximam um pouco a minha ideia e que permitem fundamentar a viabilidade do projecto.
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