É um ditado popular que, tal como é sua função, se encaixa em muitas situações mas, felizmente, não em todas.
Este ditado pretende mostrar-nos que por vezes ter os amigos e/ou familiares nem sempre resolve problemas que surjam, nem mesmo quando pedimos ajuda e auxílio.
E por que razão? Será porque exageramos? Porque nos pomos à sombra da bananeira? Porque não somos levados a sério ou não nos levamos a sério? Porque não se querem comprometer na eventualidade de um resultado menos bom ou pelo menos não arriscam correr esse risco? Ou porque na realidade a palavra família/amizade não tem o significado que esperamos que tenha ou que deveria ter?
Eu sei, eu sei, tudo depende do que estamos a falar….e eu estou a ser muito vago.
É propositado. é que não é a ajuda em concreto que pedimos que quero realçar, mas sim a disponibilidade e vontade de quem pode ou deve ajudar os outros.
Se alguém chegado necessitar de ajuda ou se manifestar abertura para receber essa ajuda, eu não concebo outra atitude possível, senão a de pensar incansavelmente em equacionar uma solução para minimizar ou resolver uma dificuldade. Mesmo que tal solução seja difícil de resolver, é de tentar e mostrar que estamos a tentar ajudar, pois essa tentativa transmite força anímica que derrota o cansaço e a frustração que consome a pessoa visada.
Esta é a disponibilidade a que me refiro. E é a indiferença e falta de interesse muitas vezes existente que critico, que nos destrói por dentro, que nos faz questionar a importância que temos para os outros, que nos afasta, que nos torna mais azedos e mais arrogantes, que nos transforma e nos molda a personalidade.
A maneira que temos para dar a volta a essa situação é a de conseguir vitórias, a de alcançar objectivos, a de provar e mostrar que conseguimos chegar lá sem a ajuda de quem poderia e não se rala. E essa indiferença sentida transforma-se em orgulho próprio à custa de muita decepção, sofrimento, luta, suor e dor.
Valerá a pena pensar de outra forma?
Ou continuar com a máxima: “Orgulhosamente sós” ?
- Onde vamos tomar café?
- Ao Café do Sr. Pedro, conheces?
- Claro que sim, quem não conhece o Sr. Pedro?
É natural que nem todas as pessoas tenham o privilégio de conhecer o Sr. Pedro, um senhor com todas as letras maiúsculas, um cavalheiro que transmite uma confiança tal que os clientes mais assíduos vêm nele um amigo e não um funcionário/dono de um qualquer café.
Trabalha no ramo já há muitos anos (pelo menos 50, segundo tive conhecimento), tem orgulho na sua experiência e frequentemente põe-nos a mão no ombro e conta-nos peripécias com uma perceptível satisfação e carinho, que nós, clientes, fazíamos quando éramos pequeninos e os nossos pais nos levavam a tomar café ou chá. Agora somos nós a levar os nossos filhos e o Sr. Pedro, ao olhar e falar com eles, tem concerteza recordações de outros tempos, outros cafés…nós também!
Com a sua simpatia e boa disposição, cativa todos à sua volta, sente-se uma relação quase familiar com os seus clientes e amigos.
A sua longa carreira e farta experiência dão o toque que tantos necessitam e cobiçam.
Ao fim de alguns dias de frequência e regularidade no café do Sr. Pedro, podemos contar com a atenção de ter o café na mesa imediatamente após nos instalarmos, e se for hábito ler o jornal, também o trará se disponível.
São estas algumas das atenções que podemos encontrar no café do Sr. Pedro. Estas e outras que não se podem relatar, porque não há como. É o carisma nele existente que nos faz obrigatoriamente cumprimentá-lo quando chegamos e despedirmo-nos quando vamos embora, sempre de maneira afável e respeitosa, quase carinhosa.
De forma simples, consegue ter um ambiente acolhedor, à semelhança da sua personalidade.
Não é por acaso que mesmo que o seu café tenha como nome “O Pedro”, nunca ouvi ninguém dizer “vou ao café O Pedro”, mas sim “vou ao café do Sr. Pedro”.
- Muito obrigado, Sr. Pedro, por toda a atenção e amizade ao longo de todos estes anos!
CAFÉ PEDRO
Sempre pronto e solícito
Rosto simpático e sorridente
O Sr. Pedro é perito
Na profissão competente
Corpo esguio, magrito
Muito atento e contente
Tem sempre qualquer dito
Que predispõe a gente
Nada lhe escapa
O café, o jornal, o sorriso
Atravessa a sala e estaca
No momento preciso
Dos clientes tem o respeito
A amizade e o carinho
Que retribui no seu jeito
Servindo o café quentinho
Para todos a palavra amiga
Uma piada engraçada
Uma história antiga
Graciosamente contada
Hoje pais, filhos e avós
Crianças de então
O Sr. Pedro é, entre nós,
Património do nosso coração
D
Leiria, 17/07/2007
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