É um ditado popular que, tal como é sua função, se encaixa em muitas situações mas, felizmente, não em todas.
Este ditado pretende mostrar-nos que por vezes ter os amigos e/ou familiares nem sempre resolve problemas que surjam, nem mesmo quando pedimos ajuda e auxílio.
E por que razão? Será porque exageramos? Porque nos pomos à sombra da bananeira? Porque não somos levados a sério ou não nos levamos a sério? Porque não se querem comprometer na eventualidade de um resultado menos bom ou pelo menos não arriscam correr esse risco? Ou porque na realidade a palavra família/amizade não tem o significado que esperamos que tenha ou que deveria ter?
Eu sei, eu sei, tudo depende do que estamos a falar….e eu estou a ser muito vago.
É propositado. é que não é a ajuda em concreto que pedimos que quero realçar, mas sim a disponibilidade e vontade de quem pode ou deve ajudar os outros.
Se alguém chegado necessitar de ajuda ou se manifestar abertura para receber essa ajuda, eu não concebo outra atitude possível, senão a de pensar incansavelmente em equacionar uma solução para minimizar ou resolver uma dificuldade. Mesmo que tal solução seja difícil de resolver, é de tentar e mostrar que estamos a tentar ajudar, pois essa tentativa transmite força anímica que derrota o cansaço e a frustração que consome a pessoa visada.
Esta é a disponibilidade a que me refiro. E é a indiferença e falta de interesse muitas vezes existente que critico, que nos destrói por dentro, que nos faz questionar a importância que temos para os outros, que nos afasta, que nos torna mais azedos e mais arrogantes, que nos transforma e nos molda a personalidade.
A maneira que temos para dar a volta a essa situação é a de conseguir vitórias, a de alcançar objectivos, a de provar e mostrar que conseguimos chegar lá sem a ajuda de quem poderia e não se rala. E essa indiferença sentida transforma-se em orgulho próprio à custa de muita decepção, sofrimento, luta, suor e dor.
Valerá a pena pensar de outra forma?
Ou continuar com a máxima: “Orgulhosamente sós” ?
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